quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que é o Twitter



O ritmo de inovação na Internet não dá mesmo mostras de abrandar. O Twitter, cujo conceito assenta numa questão que encerra todo o seu espírito – What are you doing? (O que estás a fazer agora?) –, não é mais do que uma ferramenta disponibilizada com a imparável evolução do ciberespaço.

O Twitter é, assim, um serviço que permite o envio de mensagens do tipo sms para outros usuários, num máximo de 140 caracteres por cada «post». Depois de feito o registo, o Twitter dá a possibilidade aos utilizadores de seguir os passos uns dos outros, com a «postagem» instantânea de twitts (mensagens).

sábado, 5 de abril de 2008

Eduardo Vítor reeleito líder do PS/Gaia

No dia em que o FC Porto conquistou o tricampeonato e o 23.º título da sua história, Eduardo Vítor Rodrigues foi eleito, pelo segundo mandato consecutivo, líder da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Vila Nova de Gaia.

Cabeça de lista da única candidatura que se apresentou ao acto eleitoral dos socialistas gaienses, contrariamente ao que aconteceu em 2006, quando sucedeu a Barbosa Ribeiro, Eduardo Vítor recebeu 602 votos das 18 secções do partido, que vai liderar até 2010, um ano depois das Eleições Legislativas e Autárquicas.

Confirmada uma vitória mais do que esperada, a tomada de posse da Comissão Política Concelhia do PS/Gaia está já marcada para o dia 25, na Assembleia Municipal. No mesmo dia, Eduardo Vítor anunciará a composição do Secretariado, que, ao invés do primeiro mandato, será composto não por 11, mas por 13 elementos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O que é a Web 2.0?



Mais de quatro anos depois de Tim O’Reilly, verdadeiro guru da World Wide Web (www), ter criado a designação Web 2.0, a partir de uma série de conferências para as comunidades cibernáuticas nos Estados Unidos da América, o conceito está longe de gerar consenso.




Para uns, o termo Web 2.0 não passa de uma espécie de golpe de asa de um dos pioneiros em programas de software americanos e mesmo de uma estratégia de puro «marketing» em torno de uma mais do que natural e inevitável evolução da Internet; para outros, como o (in)suspeito detentor da patente, a definição surgiu apenas da necessidade de intitular mais uma «brainstorming» em que ia participar na Califórnia, em 2004.

Mas a moda pegou e o termo nunca mais deixou de ser associado ao que hoje se pode definir como a segunda geração de serviços disponibilizados pela Internet, com a pedra de toque a ser dada na possibilidade de uma ainda por explorar interactividade que não era permitida pela primeira geração, a Web 1.0.

O «pai» da Web 2.0 define mesmo melhor do que ninguém em que consiste a segunda geração Web, ao classificá-la como “a mudança para uma Internet como plataforma”, ao desenvolver “aplicativos que aproveitam os efeitos de rede para se tornarem melhores” à medida que são mais usados por todos, tirando assim partido do que chamou de “inteligência colectiva”.

Por outras palavras, e independentemente do lado da «barricada» em que se está, a Web 2.0 pôs nas mãos do utilizador comum um poder que estava apenas ao alcance de uns poucos: a emissão de conteúdos no ciberespaço.

Ou seja, o utente da Internet deixou de ser apenas o receptor e passou a também ser o emissor, com tudo o que de bom e mau acarreta o acesso a aplicativos que veiculam conteúdos sem qualquer controlo regulador no espaço Web.

Não por acaso, o número de blogues em todo o Mundo não pára de aumentar, à medida que se banaliza a Banda Larga e o conceito atinge um maior número de usuários.

Com o reforço da troca de informações e colaboração dos cibernautas com sítios e serviços virtuais, a Web 2.0 trouxe mesmo uma espécie de democratização de conteúdos que parece não agradar a todos, por implicar riscos e perigos que ameaçam alguns dos pilares em que assenta a sociedade.

Um dos fenómenos trazidos pela disseminação da Web 2.0 foi, por exemplo, as páginas comunitárias na Internet susceptíveis de serem actualizadas por todos os utilizadores do ciberespaço apenas à distância de uma chave de acesso, a que os especialistas deram o nome de «Vikis».



Tão contestada quanto cada vez mais utilizada, a «Wikipedia» é o verdadeiro paradigma da segunda geração Web, funcionando autenticamente como uma enciclopédia on-line editada por leitores, sem qualquer tipo de filtro, ou peneira postos nos conteúdos publicados.

Um dos pioneiros da Internet, nos anos 90, o inglês Andrew Keen, autor do livro «The Cult of the Amateur» (O Culto do Amador), é hoje um céptico em relação aos efeitos que a Web 2.0 está a produzir nas sociedades e já veio mesmo a terreiro alertar para os perigos escondidos no mundo on-line, nomeadamente em sítios como a Wikipedia, que se alimenta de uma “inteligência colectiva” (O’Reilly) com fins muito pouco claros.

Para o autor de «O Culto do Amador», que põe a nu as fraquezas da Web 2.0, ao “nivelar por baixo a produção e piorar a qualidade da informação”, o que pode representar uma “ameaça à cultura”, a famosa Wikipedia é o caso ainda não acabado de um sítio “perigoso”, por ser “tão falho de confiança em todos os tipos de conteúdos”.

Andrew Keen lembra que, “no mundo on-line, ninguém sabe quem são os que operam em sítios como a Wikipedia”, nem tão-pouco “quantos editores tem e quem são”, convencido mesmo de que “as recomendações são feitas por grupos de activistas de 20 e poucos anos sem nada melhor para fazer”.

O autor da tese que defende que a Web 2.0 é uma ameaça à cultura põe assim o «dedo na ferida» relativamente a um dos problemas que se levantam quando em causa está o ciberespaço: o anonimato.

Ainda segundo o inglês que se opõe ao conceito de Tim O’Reilly, o modelo seguido por sítios como o Digg.com, que define um «ranking» de notícias interessantes em função do voto dos cibernautas, ou a Wikipedia.com “prestam-se mesmo à corrupção”, havendo, aliás, “evidências” de que a segunda geração Web “está a ser utilizada em benefício próprio”.

Conceito também nascido da evolução da rede interactiva, o «blogging» é, provavelmente, o mais conhecido exemplo e a primeira ferramenta a ser usada de forma massiva pela Web 2.0, o que contribuiu para uma democratização de conteúdos que Andrew Keen, uma vez mais, vê com (muitas) reservas.

“Os utópicos digitais acreditam na democratização dos media e dos conteúdos, mas a consequência é uma nova oligarquia”. E passa a explicar: “Em teoria, a ‘sabedoria da multidão’ pressupõe o envolvimento de todos. Mas, na realidade, a maioria não está a editar a Wikipedia, nem a adicionar recomendações no Digg, ou no Reddit, porque não tem tempo, interesse, ou energia. O que se chama de ‘sabedoria da multidão’ tem sido sequestrado por uma pequena elite, por uma oligarquia”.

Ainda assim, o autor do livro «The Cult of the Amateur» não se manifesta contra a proliferação de blogues. Com uma ressalva: “Se se está familiarizado com as notícias e se se entende como a tecnologia funciona, a blogosfera pode ser útil”.

A preocupação de Andrew Keen prende-se, pois, com o risco de “os jovens acreditarem em tudo o que lêem” e com a possibilidade de a blogosfera “se transformar numa fonte substituta de notícias”.

Com a massificação da Web 2.0, as páginas pessoais, que sempre existiram desde o arranque da Wordl Wide Web, deram assim lugar aos blogues, que mais não são do que uma página pessoal proveniente da Web 1.0, mas com uma funcionalidade que faz (quase) toda a diferença: o dinamismo.

Um dos factores que, segundo os especialistas, mais contribuíram para o sucesso dos blogues foi a tecnologia RSS, abreviação de «really simple syndication» (distribuição realmente simples), o que significa que um utilizador não apenas pode aceder a uma página, como também pode fazer uma assinatura de um «feed» que lhe permite ser notificado sempre que haja mudanças na página.

Os chamados «sítios dinâmicos» foram praticamente o princípio do fim das páginas estáticas, razão pela qual alguns analistas das coisas do ciberespaço já rotularam o processo que envolve a ferramenta RSS de “rede viva”.

A evolução – ou revolução? – dos serviços disponibilizados pela Internet conduziu ainda ao conceito conhecido por «tagging», ou etiquetagem, cuja funcionalidade provocou um passo diferenciador entre a Web 1.0 e a 2.0. Na prática, a ferramenta disponível com a Web 2.0 permite a criação pelos utilizadores de etiquetas por categorias do conteúdo apresentado nas páginas Web, como blogues, fotografias, trabalhos de âmbito científico, ou escolar, entre outros.

O Del.icio.us é um bom exemplo de um sítio que usa «folksonomy», ou seja, a classificação de recursos disponíveis em websites de conteúdo social pelos próprios utilizadores, para organizar favoritos, ideal para a procura e descoberta de informação, que, etiquetada, torna a vida ao utilizador bem mais fácil. O tempo, como se sabe, também vale dinheiro na Web 2.0...

Em suma, a segunda geração de serviços disponibilizados pela Internet provocou uma autêntica mudança de paradigma quando comparada com a primeira, incapaz de proporcionar aquela que é uma das mais-valias proporcionadas pela Web 2.0: a participação dos cibernautas e a partilha de informação on-line no ciberespaço.

Uma panóplia de virtualidades foi assim trazida pela Web 2.0, nomeadamente websites de redes sociais, como o MySpace.com, ou o Blogger, com, ou ferramentas como, por exemplo, o MSN Messenger, ou «Wikis», mas, ao fim de pouco mais de quatro anos de uma espécie de revolução pacífica e silenciosa, ninguém parece ter dúvidas quanto às potencialidades ainda por explorar de uma nova forma de relacionamento no ciberespaço.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Globalização justifica atraso do Norte em relação ao Sul

O eurodeputado Silva Peneda defendeu ontem, no âmbito de um fórum/debate promovido pela Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (AEFLUP), a necessidade de existência de “um espírito de conquista em três áreas fundamentais – trabalho, inovação e capital – para inverter as assimetrias” entre a Região Norte e Sul.

Segundo um estudo do EUROSTAT, o Norte é uma das mais pobres regiões do espaço europeu, ocupando mesmo o 255 lugar numa lista de 273 regiões, e já a mais pobre em todo o continente, conforme aponta o Instituto Nacional de Estatística (INE), no relatório de Março de 2008.

Nada que surpreenda Silva Peneda, que não tem dúvidas em apontar o dedo à globalização como a causa primeira para o novo paradigma económico e social.

“A globalização não afectou todas as regiões da mesma forma. Umas foram atingidas de uma forma positiva e outras de uma maneira negativa”, considerou, dando como exemplo o sector têxtil: “Para a Região Norte, os efeitos foram nefastos, mas, para a indústria alemã que fornece o sector têxtil indiano, chinês, ou paquistanês, o fenómeno teve o efeito oposto”.

Mesmo sem querer alimentar querelas político-partidárias, o eurodeputado social-democrata, ex-ministro do Trabalho e da Solidariedade Social nos Governos de Cavaco Silva, lamentou o atraso na promessa feita pelo Governo de José Sócrates de ter o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para 2007-2013 pronto em Janeiro de 2007.

Mais: o ex-ministro de Cavaco Silva também condenou que aquele documento estratégico para o desenvolvimento do País não defina um objectivo claro para os próximos sete anos, adepto de uma lógica segundo a qual “o que não é medido não pode ser gerido”.

Para Silva Peneda, a globalização está, de facto, a “empobrecer a Região Norte”, já ultrapassada pelos Açores e pelo Alentejo, mas “o problema também é político”. O social-democrata questionou mesmo, na Faculdade de Letras, o «pacote» de investimentos previstos no âmbito do QREN para o Norte do País.

“Dos 13 mil milhões de euros de investimento do Programa Operacional Temático de Valorização do Território, só 600 milhões, ou seja, 4,6 por cento, serão investidos no Norte, em apenas três projectos: IP4 Vila Real/Quintanilha, plataforma logística de Leixões e IC35 Penafiel/Entre-Os-Rios”, sublinhou Silva Peneda, certo de que a política de prioridades do Estado mostra “uma clara insensibilidade política e social”.

Em jeito de conclusão, o eurodeputado garantiu ainda que “o problema do Norte não pode ser visto como uma questão regional, pela sua natureza e dimensão”, e assumiu que, “se a Região Norte não recuperar da actual situação, o País está condenado a ser o lanterna vermelha da União Europeia”.

Edição impressa do JPN

O JPN lançou o JPNA4, que reúne em formato PDF algumas das notícias e reportagens publicadas no ciberjornal feito por alunos do Curso de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Com periodicidade semanal, o JPNA4 apresenta uma selecção de trabalhos de vários temas publicadas originalmente no jornal online. Foi concebido para ser impresso e facilmente transportável, mas também pode ser lido no computador ou num PDA.